Está localizada a 35km da costa continental de Itanhaém, nas coordenadas 24° 29"e 45' e 046° 40"e 30', visível a 33N.M. (61km), Rumo Magnético 180° em 1997, tendo as dimensões de 1500 x 500m². A placa que existia na Ilha Queimada Grande alertando para as cobras venenosas, desapareceu. Foi arrancada pelo tempo. Mas para os pescadores da região o aviso era desnecessário. Todos sabem que a ilha não é um lugar receptivo e jamais desembarcam lá. São esses homens do mar os responsáveis pelo nome da ilha. Cientes do risco que corriam ao desembarcar em terra firme, eles ateavam fogo na mata costeira para afugentar as serpentes. A técnica deu origem à denominação Queimada Grande, mas foi incapaz de ameaçar o reinado da Jararaca-Ilhoa.
O desembarque na Ilha Queimada Grande é proibido. Não há extensão de praia devido à pouca presença de areia ao redor da ilha. Possui duas elevações: a primeira mais plana onde se localiza um pequeno farol e a segunda constituída por uma elevação de 206 metros. Não há praias nem enseadas que possam facilitar o desembarque, que é feito nas plataformas rochosas, de grande quantidade de limo, o que torna ainda mais difícil.

Povoadas de uma infinidade de animais marinhos (barracudas, peixes-frade, peixes-voadores, arraias, tartarugas),as águas do entorno da Ilha têm ótima visibilidade e uma atração extra: o naufrágio do Tocantins, um cargueiro de 110 metros de comprimento que se encontra quase na vertical. Há também o navio mercante Rio Negro, já aos destroços, um pouco afastado do local onde se encontra o Tocantins.
Não é à toa que ninguém mais mora lá desde 1918, quando a marinha automatizou o farol da ilha. Até então, apesar da inexistência de água potável (os animais bebem apenas a água da chuva), havia sempre um faroleiro com sua família na Queimada Grande. Mas os sucessivos relatos de acidentes fatais com cobras inviabilizaram o farol manual e chamaram a atenção dos biólogos do Instituto Butantã, que intensificaram as viagens à ilha a partir de 1984, tendo a primeira pesquisa científica neste viveiro natural para o estudo desse estranho fenômeno biológico, se deu em 1914, mas somente em 1920 foi possível um estudo mais detalhado da espécie por Afrânio do Amaral, do Instituto Butantã.
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