quinta-feira, 6 de junho de 2013

Jararacas Ilhoas


Um pouco de explicação sobre as cobras da Ilha da Queimada Grande.

Com  15 000 cobras - no mínimo - que povoam a ilha, quase todas serpentes da espécie Bothrops insularis (jararacas ilhoas). São parentes das jararacas continentais, só que donas de um veneno de 12 a 20 vezes mais forte. A ilha é um paraíso com excesso de serpentes.
O desenvolvimento dessa espécie se deu por causa do isolamento geográfico a que foi submetida desde a época da glaciação da Terra, há uns 10 000 anos. Quando as águas do degelo cobriram grandes extensões de terra, formaram-se várias ilhas, como essa. A maioria dos animais migrou para o continente. Os demais, impossibilitados de nadar, ficaram confinados, sobreviveram apenas aqueles que puderam se adaptar às condições da ilha.
Presa numa ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar. A cor da pele da cobra tornou-se menos vistosa: ocre uniforme, que varia até um marrom claro, chamando pouca atenção.





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